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Câmara homenageia a Guarda de Congo Santa Rita em Sessão Solene

Grupo tradicional fundado em 1948 é símbolo de fé, cultura e resistência da comunidade negra de Sete Lagoas

16/12/2025 às 09h49
Por: Redação Fonte: ascom
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Câmara homenageia a Guarda de Congo Santa Rita em Sessão Solene

A Câmara Municipal de Sete Lagoas realizou, na noite de quinta-feira (11), uma Sessão Solene para a entrega de Moções de Congratulação à Guarda de Congo Santa Rita. A homenagem, proposta pelo vereador Caio Valace (PDT), reconhece o valor histórico, cultural e social de uma das mais antigas e significativas manifestações populares do município.

Origens e tradição

Fundada em 15 de setembro de 1948, a Guarda de Congo Santa Rita nasceu da devoção e da força da comunidade negra sete-lagoana. Ao longo de mais de sete décadas, o grupo mantém viva uma das expressões culturais mais representativas da cidade, preservando tradições que integram fé, música, dança e ancestralidade africana.

Nas apresentações, congadeiros e congadeiras expressam religiosidade e resistência por meio de cânticos entoados em coro, acompanhados por tambores, violas, caixas e maracas. Os trajes coloridos, estandartes e faixas compõem um espetáculo de devoção e identidade, reafirmando o congado como elo entre o sagrado e o popular.

A Guarda Santa Rita participa ativamente das festividades dedicadas a Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e Santa Efigênia, consolidando-se como referência de fé e tradição em Sete Lagoas. Sua atuação ultrapassa o campo religioso, tornando-se também instrumento de valorização da cultura negra e de fortalecimento da memória coletiva.

Atualmente, o grupo reúne cerca de 50 a 60 integrantes, entre homens, mulheres, jovens e idosos. Um destaque recente é o crescimento da participação feminina, com mulheres assumindo papéis de liderança no canto, na dança e na organização das apresentações.

Homenageados

·         Moção à Guarda de Congo Santa Rita

·         Aila das Graças Pacheco

·         André Luiz Pacheco

·         Carlos Henrique Ferreira

·         Claudinei Coelho Pacheco

·         Edervany Martins Fonseca

·         Edilene de Paula Lopes

·         Edson Barbosa

·         Geralda Moreira

·         Geraldo Sebastião da Fonseca

·         Gladston Echernon Carvalho

·         Haiza Maria Pacheco Rocha

·         Heber Luiz da Fonseca

·         Janayna Gabriel Coelho

·         Jennifer Lara Almeida Pacheco

·         João Pedro Monteiro da Costa

·         João Wilson Rodrigues da Silva

·         José Cirilo Santos

·         José Maurício Pacheco

·         Kassielly Monteiro Costa

·         Lêda Maria de Almeida Costa

·         Leônidas Moreira de Almeida

·         Lucas Henrique Teodoro Pacheco

·         Luiza Emília da Fonseca

·         Manoel Gomes dos Santos

·         Maria Gertrudes Nonato

·         Marli dos Santos Marinho

·         Milton Rodrigues de Lima

·         Nilton Cesar Teixeira

·         Peter Gonçalves Moreira Gomes

·         Quirina Gonçalves Santos

·         Rayane Vitória Silva Pacheco

·         Ronaldo Junio Thiago Rocha

·         Ronaldo Paulino Rocha Neto

·         Sofia Silva Santos

·         Waldemira Alves Morais

O capitão Peter Gonçalves, atual líder da Guarda, destacou a emoção e a responsabilidade de conduzir a tradição. “Sou imensamente grato e muito feliz por receber essa Moção, por meio do vereador Caio Valace. Para nós, das comunidades do Congo, é uma grande honra e um reconhecimento muito gratificante”, afirmou.

Com mais de 70 anos de participação na Guarda, o sr. José Maurício ressaltou o significado da homenagem. “Desde criança meu tio Geraldão me colocou na Guarda, dizendo que eu seria filho de Nossa Senhora do Rosário. Sigo até hoje, incentivando familiares. Não podemos parar: essa é a Guarda mais velha de Sete Lagoas”, disse, destacando que a Moção será emoldurada e exposta em lugar de destaque em sua residência.

Ao justificar a homenagem, o vereador Caio Valace (PDT) enfatizou a importância da cultura popular e da ancestralidade. “O congado preserva não apenas a religiosidade, mas também a nossa história e a nossa ancestralidade. Reconhecer essa trajetória é reconhecer a contribuição fundamental do povo preto para a construção da sociedade brasileira e reafirmar o compromisso com a valorização das nossas tradições”, afirmou.

Aberta ao público, a Sessão Solene foi marcada pela celebração da fé, da cultura e da resistência que caracterizam o congado sete-lagoano, reafirmando a Guarda de Congo Santa Rita como um verdadeiro patrimônio vivo de Sete Lagoas.

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