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SP: prédio atingido por incêndio na região da 25 de Março pode desabar

Bombeiros combatem o incêndio na parte externa do edifício

13/07/2022 às 15h00
Por: Redação Fonte: Agência Brasil
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© Rovena Rosa/Agência Brasil
© Rovena Rosa/Agência Brasil

Continua alto o risco de desabar o prédio de dez andares atingido por um incêndio na região da 25 de Março , no centro da capital paulista, na madrugada de segunda-feira (11). .  

O capitão  Maycon Cristo, porta-voz do corpo de Bombeiros de São Paulo, afirmou, com exclusividade para aAgência Brasil, que ainda existe essa possibilidade de algum colapso parcial ou total de alguma estrutura do prédio. “É por isso que o nosso combate é externo, a gente optou em razão de garantir a segurança do profissional bombeiro que esse combate seja externo, essa avaliação é constante”.

Algumas ruas da região da 25 de Março foram bloqueadas -Rovena Rosa/Agência Brasil
Algumas ruas da região da 25 de Março foram bloqueadas -Rovena Rosa/Agência Brasil

Na manhã desta quarta-feira (13) os bombeiros continuavam a combater focos de incêndio com gruas externas.

“Em algum momento, quando a gente vir que existe segurança de atuar em alguma parte em específico, voltamos a atuar em algumas partes internas do prédio. Por hora,  só na parte de fora”, explicou Cristo. Com essa estratégia, o bombeiro explica que o combate ao incêndio pode demorar um pouco mais

Segundo o capitão, dos cinco prédios atingidos, alguns já colapsaram, estão interditados, alguns correm o risco de colapsar o teto, mas são prédios menores. “Então não teriam uma interferência ao redor, e o prédio maior, de dez andares, que ainda tem chama aberta, se ele colapsar, estão interditados alguns prédios vizinhos para que o dano seja só material e não tenha dano de vida”.

O capitão explicou ainda porque várias ruas no entorno continuam fechadas. “Precisamos de uma área mínima aqui no centro para a gente trabalhar. Por isso que algumas ruas ainda permanecem interditadas. Mas aos poucos vai voltando”.

Incêndio em prédios comerciais na rua Barão de Duprat, próximo a rua 25 de Março, na região central da capital. -Rovena Rosa/Agência Brasil
Incêndio em prédios comerciais na rua Barão de Duprat, próximo a rua 25 de Março, na região central da capital. -Rovena Rosa/Agência Brasil

Comércio

O comerciante Ademir Moraes, proprietário de três lojas no Shopping 25 de Março, estava aliviado com a abertura do espaço, que tem entradas pela Rua Barão de Duprat, que até essa manhã estava interditada. Ele lamentou o prejuízo dos dias fechados.

Moraes, que também é presidente da Associação Paulista de Empreendedores do Circuito de Compras, diz que sentiu muito e se solidarizou com os empresários do prédio que pegou fogo. Ele pontuou que todo o comércio do centro foi afetado. ”Muitas pessoas que normalmente vêm fazer compras aqui, não só no varejo, como por atacado, deixaram de vir. A perda foi muito grande porque essa perda não vai ficar só nesses três dias”, ressaltou o empresário, que entende que a prefeitura e o governo vão ter que “olhar com muito carinho, com muito amor pelo centro de São Paulo, em nível de revitalização e modernização”.

Bombeiros trabalham no incêndio em prédios comerciais na rua Barão de Duprat, próximo a rua 25 de Março, na região central da capital. -Rovena Rosa/Agência Brasil
Bombeiros trabalham no incêndio em prédios comerciais na rua Barão de Duprat, próximo a rua 25 de Março, na região central da capital. -Rovena Rosa/Agência Brasil

O Sindicato dos Comerciários também está no local para apoiar e esclarecer as dúvidas dos funcionários dos comércios. “Estamos aqui tirando as dúvidas dos trabalhadores e colocando a estrutura do sindicato e o nosso jurídico para qualquer orientação que o trabalhador precisar. O sindicato está com esse suporte para atender os trabalhador nesse momento difícil que estão perdendo vendas.

Ele afirmou que os funcionários das lojas fechadas devem receber pelos dias em que o comércio precisou ficar fechado. “No momento, não existe na lei que o trabalhador tenha prejuízo por conta que a loja esteja fechada. Isso não existe na lei ainda, esse custo ficaria para a empresa, o trabalhador não tem culpa disso. Mas, no momento, não houve nenhuma manifestação dessa natureza, nem pela parte patronal, nem pelos trabalhadores”, afirmou o diretor sindical, Marinaldo Medeiros.

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