O 18 de maio é memorável porque em 1987, 35 anos atrás, centenas de trabalhadores de saúde mental que atendiam ao II Congresso de Trabalhadores da Saúde Mental manifestaram-se, pública e organizadamente, pela extinção dos manicômios. Inaugurava-se, desta forma, uma nova era na Psicologia Brasileira.
Para Caio Valace, essa data ganha uma importância ímpar. Marcus Vinícius de Oliveira Silva, o “Matraga”, ativista tenaz na causa antimanicomial no Brasil, era irmão mais velho do vereador. Marcus Matraga sobressaiu-se, tanto na esfera técnica quanto na humana, pelo pioneirismo na reforma psiquiátrica no Brasil. Contribuiu ativamente na fundação, legal e fática, dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Nas palavras do próprio Marcus, sua esperança era “que possamos fazer da Psicologia mais solidária e menos solitária”.
Logo, é com orgulho e deferência – e, é claro, saudades - que a família vive essa data, comemorando a vida rica e o esforço incansável pela dignidade da pessoa humana.
VIVA O CAPS! VIVA O SUS!
MARCUS MATRAGA VIVE!!
“AMAR E MUDAR AS COISAS;
AMAR E MUDAR AS COISAS
É O QUE ME INTERESSA MAIS!”
“Os homens são animais de rebanho. Não serei ovelha.
Andarei sozinho e sem medo, sempre que for possível. (...)
Se coopero é por me reconhecer incapaz de obter sozinho,
Mas a ninguém seduzirei para coopere comigo.
A autonomia de cada organismo é regida pelos ritmos do músculo cardíaco.
E em cada peito bate um só coração.
Cada pulmão respira somente o ar que lhes é necessário.
Que cada um ouse responder por si, eis a ponderação.”
– Poema “Zaratustra”