Câmara dos Deputados
Líder do Novo diz que PEC do Estado de Emergência vai ampliar crise financeira; acompanhe
Deputados do Novo discursaram contra a proposta que institui estado de emergência até o final do ano para viabilizar a ampliação de benefícios soci...
07/07/2022 19h20
Por: Redação Fonte: Agência Câmara de Notícias
Tiago Mitraud, líder do Novo - (Foto: Elaine Menke/Câmara do Deputados)

Deputados do Novo discursaram contra a proposta que institui estado de emergência até o final do ano para viabilizar a ampliação de benefícios sociais e econômicos, como auxílio para caminhoneiros e ampliação do Auxílio Brasil. A proposta (PEC 15/22) está em análise no Plenário da Câmara.

O partido já tinha sido contrário à medida na análise pela comissão especial. O líder do partido, deputado Tiago Mitraud (Novo-MG), afirmou que a aprovação da proposta vai gerar uma crise financeira ainda maior.

“Em poucos meses, por conta desse descalabro fiscal que está sendo feito, essa impressão de dinheiro populista, o litro do leite que já está caro vai ficar mais caro ainda”, disse.

Tiago Mitraud afirmou ainda que a proposta gera precedentes perigosos. “Qualquer novo político que não queira perder a eleição vai se aproveitar desta caixa de pandora e vai oferecer dinheiro para a população às vésperas da eleição”, alertou.

O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) afirmou que a proposta vai gerar afastamento de investidores pela irresponsabilidade fiscal e aumento ainda maior dos combustíveis. Ele afirmou que o partido deverá acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a medida. “Está sendo cometida infração ao processo legislativo”, declarou.

Para o deputado Alexis Fonteyne (Novo-SP), a proposta é “tacar gasolina na inflação”. “Quando a gente distribui mais dinheiro para a população sem resolver o problema da oferta, o que vamos ter é mais inflação”, disse.

Para a deputada Adriana Ventura (Novo-SP), a medida é populista.

Oposição
Os deputados de oposição disseram que vão votar a favor da proposta, mas criticaram a votação da PEC a poucos meses da eleição. O Executivo, segundo eles, é movido por ambição eleitoreira.

O fato de a regra ser aplicada apenas até dezembro foi alvo de críticas da líder do Psol, deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP). “Quem tem fome tem pressa há muitos meses, há muitos anos. A pressa não começa em 1º de agosto e não termina em 31 de dezembro, porque é isso que vocês estão propondo com essa PEC”, criticou.

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